Quem Faz Economia Verde no Amazonas? Valcléia Solidade

31/10/2022 Sara Araújo

Nascida e criada em uma comunidade 🏘 quilombola a 40km de Santarém, no Estado do Pará, a Superintendente de Desenvolvimento Sustentável da Fundação Amazonas Sustentável (FAS),🌱 Valcléia Solidade, de 54 anos, conhece bem a realidade vivida pelo interiorano.👩‍🌾 Por isso, sempre trabalhou com foco nas principais dificuldades enfrentadas por essas pessoas.💪

Ela é técnica em agropecuária pela Escola Agrotécnica de Castanhal, no Pará; 👩‍🎓 graduada em Políticas Públicas pela Universidade Anhanguera e também possui uma especialização em Inovação e Tecnologia pela Fucapi. Atuando em comunidades há 14 anos na FAS com programas voltados a Economia Verde🌱, foi na academia que ela descobriu sua vocação para seguir nesse caminho.🌳

“Fiz um estágio pelo técnico agrícola👩‍🌾 onde trabalhei a geração de renda com mulheres: artesanato,🪢 criação de animais🐂 e tudo que gerasse renda para as famílias. Profissionalmente isso começou em 1995, mas minha própria história trouxe o desejo de continuar nessa área. Minha referência é minha família e o lugar onde eu nasci”.🏘
Há 14 anos na Fas, Valcléia atua em projetos voltados a Economia Verde desenvolvendo emprego e renda nas comunidades. Foto: Reprodução Redes Sociais
Há 14 anos na Fas, Valcléia atua em projetos voltados a Economia Verde desenvolvendo emprego e renda nas comunidades. Foto: Reprodução Redes Sociais

Projetos na comunidade - Dentro da FAS, a rotina é intensa e Valcléia é considerada uma liderança✅️ dentro na instituição que com uma equipe faz acontecer quatro projetos além de articular parcerias, colaboradores, ⬆️e claro, interagir com a comunidade.👥️️ A maior parte dos programas de empreendedorismo são voltados a economia verde.🌳

“Temos o Floresta em Pé que trabalha a infraestrutura 👷‍♀️comunitária, geração de renda💰 e empoderamento; o programa saúde na floresta; e o programa de educação👩‍🏫 para sustentabilidade. Tudo para pessoas da mesma origem que a minha, que enfrentam desafios que lá atrás eu enfrentei para alcançar meus objetivos”.

Como nem tudo são flores, 🌷os desafios são diários para quem atua nas comunidades, especialmente onde a logística não favorece. 🛤O compromisso é com os 16 territórios em parceria com o Estado e em processo de ampliação📈 para 28 territórios”.

“O deslocamento é muito caro💰 especialmente em municípios mais distantes.🛤 Muitas comunidades sequer possuem 💡energia. Algumas têm energia apenas 4h por dia, então como armazenar produtos? A comunicação também é outra dificuldade pois muitas são isoladas”, disse Valcléia.
Valcléia Solidade em visita ao Sistema Agroflorestal (SAF) na comunidade Boa Frente, em Novo Aripuanã/Am. Foto: Reprodução Redes Sociais.
Valcléia Solidade em visita ao Sistema Agroflorestal (SAF) na comunidade Boa Frente, em Novo Aripuanã/Am. Foto: Reprodução Redes Sociais.

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O desafio é levar emprego 💪e renda💰 com atividades voltadas ao turismo, artesanato,🐟 pesca, serviços de trilha, canoagem🛶 dentre outros trabalhos voltados à realidade dessas pessoas e em parceria com grandes empresas.👩‍💼

“As ações voltadas ao turismo🏃🏻‍♀️ são de maior sucesso. Conseguimos fazer com que os empreendimentos tivessem bastante sucesso 🎊após passarem pelas mentorias”.🧑‍🏫

 

A Superintendente vive hoje o que lá atrás sonhou enquanto comunitária e entende que o potencial do Amazonas📈📊 dentro da Economia Verde 🌱é gigante, basta que as iniciativas se fortaleçam. 💪

“Sempre quis trabalhos assim em minha comunidade. 🏚 É preciso fortalecer as políticas e olhar👀 para as pessoas que estão na ponta fazendo o trabalho de conservação e cuidado com o ambiente♻️, levar condições para que continuem vivendo em seus territórios mas com uma educação e saúde 👩‍⚕️melhor, gerando emprego e renda sempre”.

Texto: Sara Araújo