Ir ao banco🏦, agendar uma consulta médica🧑‍⚕️ ou participar de entrevista de emprego podem até ser atividades simples para a maioria das pessoas, mas são um verdadeiro desafio para quem possui algum tipo de deficiência, como os surdos.🗣️

Os obstáculos já começam quando a maior parte da população não tem conhecimento básico sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), 🤟 linguagem utilizada pelos surdos para se comunicarem.

Mas é aí que a tecnologia chega para promover a inclusão, auxiliando surdos e ouvintes, por meio do aplicativo Giulia - Mãos que Falam.

A ferramenta permite que os celulares traduzam os movimentos de Libras em áudio, e vice-versa, facilitando a vida dos deficientes auditivos em diversas tarefas do dia a dia. 

O professor-doutor da Faculdade de Tecnologia da Ufam, Manoel Cardoso, que possui mais de 30 anos dedicados à área de sistemas digitais, foi o idealizador do aplicativo.

“Em 2015 estava fazendo uma visita à Universidade de Harvard (EUA) e presenciei uma apresentação que utilizava sensores📡 acoplados ao braço para jogos🎮 eletrônicos. Foi então que pensei em transformar aquela aplicação em uma modalidade que pudesse identificar os gestos👋 da língua de Libras, a linguagem gestual dos surdos”, relembra Cardoso.  

Leia também: Turbinando os estudos! Aplicativos para aprender outro idioma

Traduzindo gestos

Para utilizar o aplicativo, basta que o usuário esteja utilizando o smartphone📱 preso ao pulso. Por meio de uma braçadeira comum, o App capta esses movimentos e os traduz em áudio 📢 para o formativo em português. O aplicativo também faz o inverso, transformando o áudio em linguagem de sinais ou texto. 

Atualmente, Giulia encontra-se em fase de modernização, testando novas ferramentas e comandos. 

“Estamos desenvolvendo uma nova versão onde a ideia é filmar📹 o surdo fazendo os gestos e o aplicativo, automaticamente, já o traduz e informa o usuário. Essa é a nova tecnologia que estamos trabalhando”, finaliza o professor. 

Para acessar o aplicativo, basta fazer o download, que por enquanto está disponível apenas para o sistema operacional Android.

 

Texto: Eduardo Gomes, com colaboração de Rebeca Beatriz