Fungos amazônicos e mandioca: combo aliado na luta contra o câncer de pele
09/10/2022 Eduardo Gomes
Não é novidade que uma alimentação saudável 🍓🍌🍳🥤 é crucial para a manutenção da nossa saúde. Esses mesmos alimentos são capazes de ajudar no tratamento de diversas doenças, principalmente quando são utilizados em parceria com outros produtos conhecidos pela ciência 🧪 e que podem ser encontrados muito próximos de nós, na natureza🏞️.
É o caso do amido extraído da mandioca no qual, em conjunto com alguns fungos 🦠 da região amazônica, que juntos, poderão ajudar no tratamento do câncer de pele.
A descoberta chega numa época em que é extremamente necessária. Só para deixar claro: de acordo com o Painel da Oncologia do Ministério da Saúde, no Amazonas, em 2021, foram registrados cerca de 605 diagnósticos de câncer de pele. São dados alarmantes! 😨😱
O estudo foi desenvolvido por meio de uma colaboração entre UFAM, UEA e Unifesp, com apoio da FAPEAM e FAPESP, e teve a coordenação da doutora em Química, Patrícia Melchionna, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que percebeu o grande potencial do estudo no combate a essa doença.
A professora🧑🔬 identificou que, se extraísse o amido da mandioca e o combinasse com alguns fungos de espécies amazônicas (o Myrcia guianensis (Myrtaceae) e o Piper hispidum (Piperaceae), ou como são conhecidos popularmente como “pedra-ume-caá” e “aperta-ruão”), seria possível desenvolver membranas que funcionariam como dispositivos de liberação controlada de bioativos (remédios)💊 na pele, e que teriam efeito anticancerígeno.
“Este projeto representa a integração das áreas do conhecimento de biologia, biotecnologia, química e engenharia. Os extratos fúngicos amazônicos já foram preparados, o amido da mandioca já foi extraído e o filme de amido preparado”, explicou.
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O projeto está a todo vapor🏃, mas ainda faltam alguns testes para a conclusão da pesquisa🔬, porém os primeiros resultados são positivos.
“Os próximos passos envolvem a caracterização das membranas de amido contendo os princípios ativos dos fungos. Estamos focando no desenvolvimento do produto e na validação das atividades antioxidante, citotóxica e cicatrizante. Ainda não temos plano para uso no tratamento do câncer, uma vez que o produto precisa, inicialmente, ser validado”👍, explica a professora.
Essas membranas atuariam como curativos🩹, auxiliando no tratamento de lesões provocadas pelo câncer de pele, pois esse tipo de controle, garante que a medicação seja introduzida de forma gradual e lenta no organismo do paciente.
A pesquisa, no momento, encontra-se nos estágios finais das análises e a sua conclusão está prevista para agosto de 2023.
Texto: Eduardo Gomes