O urbanismo é um dos fatores mais importantes quando o assunto é cidade inteligente, pois gira em torno da sustentabilidade acima de tudo. Manaus ocupa a 70ª posição de urbanismo no ranking Connected Smart Cities e, aqui, vamos falar sobre as mudanças que a capital amazonense vem desenvolvendo nesse quesito.

A capital tem 26% de cobertura de esgotamento sanitário, com a expansão do serviço garantindo a universalização em dez anos, de acordo com a concessionária Águas de Manaus.

Além da modernização e construção de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) em algumas partes da cidade, a concessionária afirma que tem levado o serviço a comunidades vulneráveis, como é o caso do recente projeto no Beco Nonato, primeira área de palafita a ter acesso à estrutura de esgoto.

O atendimento urbano de água também é uma preocupação que pode ser solucionada com recursos tecnológicos. Segundo a Águas de Manaus, é possível acompanhar os níveis de abastecimento nos reservatórios, pressão dentro das tubulações, vazão em estações de tratamento, clima e também ocorrências pontuais. 

 

Esse monitoramento remoto é possível graças a tecnologias inovadoras, como o OpenFlows WaterSight, programa que utiliza inteligência artificial para se antecipar a situações emergenciais, como falta de água ou vazamentos de rede. O software também otimiza a distribuição de água e pode reduzir, a médio e longo prazo, o desperdício de água na cidade.

A respeito do abastecimento de água, o serviço encontra-se universalizado na cidade, com acompanhamento diário do crescimento da cidade, segundo a concessionária. Ao todo, foram implantados mais de 200 quilômetros de rede de água na capital desde 2018, quando a concessionária iniciou as operações em Manaus.

 

Com o crescimento desordenado, é necessário que haja, também, uma fiscalização no cadastro imobiliário de casas construídas no território da cidade, quesito necessário em uma cidade inteligente. De janeiro a agosto de 2023, Manaus registrou alta de 38% das emissões de certidão de endereço, passando de 1.463 documentos no mesmo período do ano passado, para 2.012 certidões.

A capital amazonense ainda tem problemas de arborização e crescimento desordenado para resolver e muitas mudanças precisam ser feitas com o apoio dos governos locais e da população. Diariamente, soluções tecnológicas são inseridas no campo da pesquisa para que possam ser usadas nos problemas da cidade e esse é o futuro que apostamos daqui em diante.

Texto: Paulo Rodrigo