Quem faz Economia Verde no Amazonas – Fabiane Azevedo
31/03/2023 Eduardo Gomes
Foi observando o descarte de madeira🪵 e com o pensamento de “furar a bolha” que Fabiane Azevedo teve um insight para criar algo inovador e sustentável.
A empresária de 38 anos é natural de Manaus e logo percebeu que o ramo da sustentabilidade poderia ser algo viável, mas sem perder o espírito de empreendedora.
Formada em Administração pela Ufam e mestra em Engenharia de Produção pela mesma universidade, Fabiane percebeu a possibilidade de reaproveitar materiais, que antes eram descartados, para dar início ao seu negócio próprio.
A ideia veio com a Marcenaria Sustentável, uma loja on-line que reutiliza madeira para fazer móveis🛋️ sustentáveis e de qualidade. Ela relembra que o ponto inicial foi quando trabalhava no Distrito Industrial de Manaus.
“Eu vi que havia muito material de madeira em excelente estado sendo descartado, a maioria era destinado para a queima. Foi quando pensei em fazer a Marcenaria aliada aos conceitos da logística reversa”.
Após muito estudo📚 para compreender a dinâmica do mercado sustentável na região e o de economia circular, a empreendedora entendeu que fazia a “reciclagem♻️ da madeira que trabalhava e que esse ramo sustentável era uma cadeia que só progredia”. Esse fato a fez entender o que era a “sustentabilidade” e também foi o ponto crucial para a produção das primeiras peças na Marcenaria.
A sua relação com o Amazonas é de longa data e tem os seus pontos altos🔼 e baixos🔽, mas pensa que, com o tempo, a pauta da sustentabilidade será um tema a ser questionado e trabalhado com mais veracidade no Amazonas.
“Trabalhar na área de sustentabilidade no Amazonas é bom e ruim. Ainda é um caminho a ser trilhado, e ainda faltam muitas coisas para serem conquistadas. Precisamos introduzir mais políticas públicas e educação ambiental nas escolas. Temos dificuldades, mas se fizermos o trabalho correto muitas portas serão abertas”, destaca Fabiane.
Viajante🛫, ela já visitou diversos lugares da região norte, e pensa em conhecer outros, mas sempre mantendo a atenção nas diversas possibilidades de trabalhar com a pauta verde no Amazonas.
“Ainda penso que faltam algumas coisas a serem feitas, como promover mais as políticas públicas, a educação ambiental, o desenvolvimento do senso coletivo, dentre outras coisas. É fazer o trabalho de base e transformar o Amazonas que ‘executa’, de fato, a sustentabilidade”, finaliza.
Texto: Eduardo Gomes