Quem faz Inovação no Amazonas - José Francisco de Carvalho Gonçalves

31/08/2023 Eduardo Gomes

O interesse em estudar📖 o funcionamento biológico das árvores🌳 da Amazônia fez do pesquisador, José Francisco de Carvalho Gonçalves, de 55 anos, um grande explorador🕵️ da ciência na região.

Engenheiro Agrônomo formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com Mestrado em Solos e Nutrição de Plantas e Doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), além de pós-doutorado na University of Florida, nos Estado Unidos, atualmente ele é Pesquisador Titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Seja em florestas nativas ou plantadas, seu objetivo é compreender como essas árvores se relacionam com o ambiente e como podem ser potencializadas para contribuir com o desenvolvimento sustentável ♻️ do Estado.

“Logo cedo, ainda na graduação, particularmente na iniciação científica, 🧑‍🔬 procurei investigar características das plantas que apresentassem relações com desempenho e ganho de funções. Funções estas que fossem crescimento mais acelerado, defesa contra doenças ou ganho de produção”, destaca.

Desde os anos 2000, José Gonçalves dedica-se intensamente à pesquisa. Com sua esposa, também pesquisadora, escolheram que sua filha nascesse em Manaus, estabelecendo assim, uma conexão mais profunda com a terra amazônica e sua gente.

“Eu e minha esposa escolhemos que a nossa filha nascesse no ‘Coração da Amazônia’ e se tornasse uma manauara, tudo isso somados aos grandes amigos que aqui fizemos. Isso, de certa forma, resume a minha relação com o Amazonas e a Amazônia”, relembra. 
O professor se destaca no estudo da nanotecnologia, principalmente em pesquisas com “arbolina”, molécula conhecida como “carbon dots”. Foto: Arquivo Pessoal/Inpa
O professor se destaca no estudo da nanotecnologia, principalmente em pesquisas com “arbolina”, molécula conhecida como “carbon dots”. Foto: Arquivo Pessoal/Inpa

 

A nanotecnologia, campo da ciência que estuda o controle e a manipulação da matéria em escala atômica e molecular, também faz parte de sua trajetória. Ele e sua equipe realizam estudos sobre a molécula “arbolina” (um biofertilizante à base de nanopartículas de carbono e que são usados para aumentar a eficiência na produção agrícola).

“Esse é um campo da ciência (nanotecnologia) que apresenta transversalidade a várias áreas do conhecimento, haja vista que muitas vezes as soluções são uma questão de escala, isto é, do tamanho dos componentes ou do conjunto de componentes que resolverão o problema”, ressalta o professor.

Acreditando que a Amazônia tem um potencial gigantesco para o desenvolvimento de projetos inovadores, o pesquisador vislumbra um futuro brilhante✨ para a área de ciência, tecnologia e inovação🚀 no Amazonas. 

“Desenvolver projetos voltados à ciência, tecnologia e inovação a partir dos recursos biológicos das nossas águas 🌊 e da generosidade da nossa floresta é um desafio constante que ainda me debruçarei por algumas décadas. Uma razão interessante para se pensar nos ‘porquês’🤔 é imaginar que somente discutimos a Amazônia visível, e ainda falta muito para entendermos a ultra complexidade da Amazônia invisível aos olhos👀 humanos”, finaliza.

Texto: Eduardo Gomes