Quem faz Inovação no Amazonas - Larissa dos Anjos
09/03/2023 Sara Araújo
Atualmente voltada à 📚 pesquisa, ela é a única cientista da região indicada na mais recente edição da iniciativa “25 mulheres da Ciência América Latina”.
A 👩🎓doutoranda em Geografia, Larissa Cristina dos Anjos, tem apenas 34 anos e se dedica a uma rotina de 10 horas diárias de leitura e escrita na tese de artigos. Esforço fundamental na vitória que lhe garantiu o prêmio. 🥇
Ela conta que de onde veio não teve muito contato nem referências que lhe levassem à inovação,💡 muito menos mulheres que fizessem parte desse meio ou que estudassem uma graduação.
“Quem me ajudou a despertar para a ciência foi o meu professor de graduação🧑🏫 ‘Carlossandro Carvalho de Albuquerque’. Na época, ele me falou que era possível ao mundo da ciência e🤝🏼 acreditou em mim”, lembra.
A Pesquisadora conta que seu primeiro 👥️contato na inovação foi Participando do PAIC - Programa de Iniciação Científica na graduação. Ela considera um desafio atuar nessa área, dentro do Amazonas.📊
“Estamos em meio 🌱a uma floresta, onde os tempos e as distâncias são mensurados de uma maneira particular. Entendo que os pesquisadores da região deveriam ter mais apoio logístico, 💰financeiro, à exemplo”.
Com uma pesquisa que envolve o planejamento geográfico da 🏥saúde na região amazônica, ela conta que está em busca de oportunidade em Secretarias de Saúde e planejamento.📊
“A pesquisa tem o objetivo de realizar um levantamento socioambiental da área e propor possíveis 💡soluções de acesso à saúde para as populações 🫂tradicionais da região, trazendo como o modelo as várzeas do município de Iranduba, Manaquiri e Careiro da Várzea, no Amazonas”, explica.
O estudo foi um 🏃🏻♀️ caminho difícil, mas não impossível de ser 📈 alcançado. Para a cientista, uma trajetória que a faz alcançar algo muito maior para o Amazonas. Segundo ela, chegar às comunidades é desafiador e edificante.
“Considerando a minha história de vida, cursar uma graduação foi uma grande conquista, e dar continuidade 👩🏫aos estudos, chegando ao doutorado é uma verdadeira💪🏻 vitória. Foi e ainda é muito difícil permanecer na ciência”. 👩🔬
Apesar disso, ela tem as melhores📈 expectativas para a Inovação no Amazonas, pois, de acordo com a pesquisadora, o Estado vem investido em fomento para a realização de pesquisas que envolvem inovação. ✅️
“Temos um verdadeiro repositório de biodiversidade🌱 em nosso estado, que engloba a fauna, flora e principalmente, a cultura. A inovação é essencial para desenvolver todo o potencial que temos no Amazonas. Só com inovação é possível desenvolver 📈o nosso Estado de maneira sustentável, levando em consideração toda a nossa riqueza”, disse.🌱
Ela resume que a realidade é o que a motiva, já que vivemos em uma que pessoas morrem por falta de acesso à saúde, principalmente em lugares mais distantes da Amazônia.🏥
“E essa realidade é a minha realidade, é a realidade da minha👨👩👧 família, dos meus amigos... Essa realidade me motiva, pois é uma maneira de contribuir com a discussão da problemática. Essa realidade me 💪🏻desafia, pois não é fácil chegar nesses lugares e conviver com as iniquidades em saúde e continuar a ser motivada”.🏃🏻♀️
Mais sobre Larissa
Doutoranda em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia(UFU). Mestra em Geografia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Graduada em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Especialização em
Geoprocessamento pela Pontifícia Universidade Católica-PUC-MINAS .
Integrante dos Grupos de Pesquisas: Geografia Física: ensino e pesquisa; Laboratório de Ensino e Experiências Transdisciplinares em Educação-LEPETE. Tem experiência em Geografia, com ênfase no Ensino de Geografia, Geografia da Saúde e Geoprocessamento.
Apresenta interesse em discutir o planejamento da saúde na Amazônia Brasileira e o Ensino da Geografia da Saúde voltado para o Projeto de vida no Ensino Básico.
Leia Também: Quem faz Inovação no Amazonas – Expedito Belmont