Quem faz tecnologia no Amazonas? Tanara Lauschner
03/10/2022 Eduardo Gomes
Sempre em busca do desenvolvimento tecnológico na Região Amazônica e inclinada a projetos voltados ao setor de informática, a professora Tanara Lauschner, do Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (IComp/UFAM) se destaca como provedora na formação de pessoas e na vida acadêmica.
Tanara nasceu em São José do Cedro/SC, mas aos 6 anos de idade mudou-se para Maués, interior do Amazonas, onde morou até os 15. Logo, incentivada pelos pais, decidiu cursar o Ensino Médio na antiga Escola Técnica Federal do Amazonas, hoje IFAM. Lá escolheu fazer o curso técnico em eletrônica, no qual se identificou muito e que foi decisivo para seguir carreira na área da computação.
“Eu sempre tive muita facilidade em estudar matemática e o caminho para tecnologia foi natural a partir desta aptidão. Eu não tive muitas referências na minha juventude, foi mais um conjunto de oportunidades que me levaram a seguir por esta área. Hoje tenho muitas referências, principalmente nos meus colegas do ICOMP/UFAM”, destaca Tanara.
A engenheira eletricista também é Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Doutora em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Além disso, atua no “Movimento Mulheres da Computação”, na “Sociedade Brasileira de Computação”. É co-fundadora do “Movimento Cunhantã Digital” e consultora do “Programa Meninas Digitais”.
Também atua como Coordenadora Geral do “Projeto SUPER para Educação e Pesquisa” em parceria com a Samsung, que envolve mais de 500 pessoas na UFAM visando diminuir a evasão acadêmica, aumentar o número de formados em 11 cursos de graduação em tecnologia, desenvolver habilidades dos alunos, bem como alinhar a formação complementar com as necessidades do mercado de trabalho.
Na UFAM, além de engenheira, Tanara também exerce a função de pesquisadora, trabalhando em vários projetos. Entre eles, está o “Atmosphere” projeto que tinha como objetivo criar e colocar em prática uma plataforma segura em ambientes de computação em nuvem.
Tanara analisa com credibilidade o desenvolvimento tecnológico no Amazonas, com destaque para o polo industrial e a floresta como o maior bioma do mundo.
“O nosso isolamento geográfico não impede a evolução de soluções de base tecnológica, principalmente software, que podem ser aplicadas em diferentes lugares do planeta”, ressalta Tanara.
Por fim, a pesquisadora salienta que o futuro tecnológico da região Amazônica está na mão de pessoas comprometidas com os interesses da coletividade e também na formação de recursos humanos, buscando sempre o progresso de todos.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/7433400746822554
LinkedIn: linkedin.com/in/tanaral
Texto: Eduardo Gomes